Morais Cardoso



Anderson morava em São Paulo com sua família: sua esposa Vanessa e suas duas filhas, Talita, de um ano e Valéria, de sete anos. Havia também um cachorro, Sultão, um vira-lata que Anderson sempre considou um absurdo tê-lo pois "não servia para nada", mas as crianças o adoravam, portanto, não poderia se desfazer dele.
Em uma tarde quinta-feira, sua esposa sentia fortes dores no estômago. Ela gemia de dor. Anderson colocou-a no carro e avisa Valéria para tomar conta da irmã, pois já voltaria e o hospital ficava a poucos quilômetros.
“Papai já volta. Qualquer coisa ligue para mim.” – e saiu com carro, mas na pressa esqueceu o portão aberto com as crianças ali dentro.
Ele chegou ao hospital e sua esposa logo foi atendida. “Não é nada grave.” – disse o médico. Ela ficou em repouso por vinte minutos e recebeu alta.
Ele volta com sua esposa para casa e assim que vai chegando mais perto, lembra que esqueceu o portão aberto.   Assim que ele entra no quintal, vê seu cachorro com a boca com muito sangue. Os dois entraram em desespero.

Ele não pensou duas vezes e atirou no cachorro, matando-o. Anderson e sua esposa entraram apavorados na casa. “Oh meu Deus!” – gritavam os dois apavorados.
Ao entrar, eles se surpreendem com a cena que veem: suas filhas brincavam tranquilamente na sala e na varanda um homem estava caído, desacordado e sangrando.
Valéria então contou ao pai que o homem estava armado e apontou a arma para as duas meninas, pedindo para que elas tirassem suas roupas, Sultão pulou em cima dele e o atacou. Ele tentou escapar, mas o cachorro foi atrás e mordeu-o até fazê-lo desmaiar.
O cachorro havia salvado a vida daquelas crianças de um homem que vieram saber depois que era um pedófilo foragido. Sultão pagou com sua própria vida por sua coragem e valentia em defender as meninas de um criminoso. Anderson nunca se perdoou pelo que fez.

FIM




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