Morais Cardoso


Ela começou a gritar desesperadamente para sua empregada, dona Ordalha, pensou no motivo de isso estar acontecendo, pensou na negra e sentiu-se pior.
Ao socorrê-la, dona Ordalha disse: “Hoje pela manhã uma mulher negra veio aqui entregar a você uma cadeira de rodas. Veio pegá-la para a senhora.”
A empregada traz a cadeira e ajuda Clementina a sentar-se, que por sua vez percebe que há um papel na cadeira, ela o puxa e vê uma nota de dois reais e uma imagem Nossa Senhora Aparecida. Clementina arrepia-se e grita desesperada, havia cometido um grande pecado.
Na parte de trás da imagem havia os seguintes dizeres: “Aquela mulher negra era Nossa Senhora Aparecida.”
Clementina não havia cumprido sua promessa e por isso fora castigada. Ela começou a chorar desesperadamente, estava arrependida. Ela tomou uma atitude, chamou um táxi e pediu que Ordalha a acompanhasse, iria à cidade de Aparecida pedir perdão pelo maior pecado que já havia cometido.
Chegando lá, visitou a imagem e pediu perdão pelo que havia acorrido. Colocou seu colar de ouro no santuário e rezou o resto do dia. “Se pedirdes com fé, serás atendido...” Mãe Aparecida jamais abandona seus filhos.
No dia seguinte, ao acordar na cama do hotel estava curada e a cadeira de rodas havia desaparecido.
Como agradecimento, Clementina ajuda todos os anos diversas instituições que cuidam de crianças com paralisia e deficiência e trabalha como voluntária em um hospital. Sua fé se fortalece cada vez mais.


FIM.

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